texto de A.A.A/Lucretia Dalencourt/Loes van den Hoek
(você escolhe)
As matrizes religiosas tradicionais reconhecem entidades divinas como elementos externos às sociedades, capazes de promover a mudança delas através de ideais, comportamentos e discursos altamente encantadores às almas a princípio perdidas no complexo conflito que é a convivência em meio coletivo. Tais entidades divinas podem ser entendidas como messias (manifestações humanas enviadas por [insira algo maior aqui]) ou deuses, que interferem diretamente na realidade e modelam a vida humana de acordo com seus caprichos, desejos e vontades. Essa seria uma apresentação extremamente enxuta e econômica da interferência divina no meio humano de acordo com os sistemas vigentes e bem aceitos atual e historicamente, os quais adotam uma visão terrivelmente infeliz e claustrofobicante da existência: o mundo é uma caixa de brinquedos, onde nós somos os brinquedos dos catarrentos, que são deuses. Ou, se for da preferência do leitor uma analogia menos ridícula, seríamos todos reféns dos deuses num assalto ao grande banco que é a terra. Ou, talvez seríamos todos parte do grande aviário que é o planeta, sendo todos produtos dos deuses (?). Continue reading O eu, o deus